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A presença da Filosofia no Estado do Espírito Santo: uma recuperação inicial da memória.

Resumo: O Estado do Espírito Santo constituiu-se como parte do processo colonizador português, iniciado nas descobertas de 1500. A atividade cultural inicial limitava-se àquelas realizadas pelos jesuítas, cuja preocupação central era a conversão dos índios à fé católica. A ação educativa básica dos religiosos pautava-se em certos pressupostos filosóficos e teológicos; o pensamento tomista era, aqui, uma referencia fundamental, tanto para o ensino, como na construção da cosmovisão religiosa que orientava as atividades catequéticas.
Com a vinda da família real ao Brasil em 1808, fugindo do cerco napoleônico, e a posterior transição de colônia a Império independente, em 1822, inicia-se um novo processo de promoção cultural e organização social. A necessidade de legislação que pudesse ordenar a nova sociedade fez com que fosse aprovado o curso de direito, inicialmente em São Paulo e Pernambuco. A filosofia aparece como uma das disciplinas obrigatórias do curso, levando alguns a uma dedicação quase integral a esta atividade; desta forma, surgem os primeiros filósofos pensadores brasileiros. É-nos importante analisar o reflexo deste ensino de filosofia na vida de capixabas que frequentaram tais cursos, como é o caso de Afonso Cláudio, foi aluno do filósofo Tobias Barreto no Recife.
Significativo para nossa investigação será o período ulterior ao da ditadura militar brasileira, que se estende de 1964 a 1985. Com o fim do regime militar, e o processo de abertura política forçada pela sociedade brasileira, a filosofia passa a ser reivindicada por educadores, filósofos, diretores de escolas. Já em 1986 a filosofia é integrada à grade curricular escolar no Espírito Santo; em seguida, a Universidade Federal do Espírito Santo inaugura o curso de Filosofia – tal curso é inicialmente criado pelo IFTAV (Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória) em 1985, sendo assumido integralmente pela Faculdade Salesiana, mediante assinatura de convênio. Certamente que estes acontecimentos, e outros que farão parte da pesquisa, criam as condições para que, em nosso Estado, pudéssemos, para além do ensino, realizar uma produção acadêmica filosófica, e participar do debate filosófico brasileiro. A criação do mestrado em Filosofia pela UFES é acontecimento importante neste percurso.
Ainda que possamos, realizar alguma alteração no percurso, pretendemos abordar os seguintes aspectos: 1- Evidenciar as expressões filosóficas durante a colônia e o império; 2- As influências filosóficas durante a o período republicano; 3- a constituição de um grupo de pensadores protestantes progressistas que terão ampla participação no curso de Filosofia-UFES; 4 - A criação do IFTAV (Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória) em 1985; 5- A presença da filosofia no Ensino Médio Espírito-santense; o surgimento do curso de Filosofia-UFES, 1987; 6 – O início das pesquisas filosóficas no ES; 7- A criação do mestrado em Filosofia-UFES.

Data de início: 01/08/2015
Prazo (meses): 12

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador ANTONIO VIDAL NUNES
Acesso à informação
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