O ENSINO DE FILOSOFIA E A EDUCAÇÃO PARA A NÃO VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: UMA PERSPECTIVA A PARTIR DA
ÉTICA DA ALTERIDADE EM EMMANUEL LÉVINAS
Nome: ROMILDO FILHO MENDES DOS SANTOS
Data de publicação: 21/07/2025
Banca:
| Nome |
Papel |
|---|---|
| ANTONIO DONIZETTI SGARBI | Examinador Externo |
| CLINGER CLEIR SILVA BERNARDES | Examinador Interno |
| FILICIO MULINARI E SILVA | Presidente |
Resumo: Esta dissertação investiga de que maneira o ensino de Filosofia, orientado pela ética da
alteridade proposta por Emmanuel Lévinas, pode contribuir para práticas educativas que
promovam o respeito ao outro e auxiliem no enfrentamento das raízes da violência contra
a mulher. A motivação da pesquisa é, ao mesmo tempo, pessoal e ética: por um lado, o
tema interpela o pesquisador em sua condição humana; por outro, suscita um imperativo
ético não no sentido kantiano, mas lévinasiano — isto é, não fundado em uma razão
universal centrada no sujeito, mas em uma responsabilidade radical pelo Outro. Para
Lévinas, o rosto do outro revela um apelo ético incontornável, que emerge nas relações
concretas e cotidianas, e não em abstrações filosóficas. Nesse contexto, o objetivo
central da pesquisa é demonstrar como a educação filosófica, ancorada na ética da
alteridade, pode colaborar para a formação de uma consciência não violenta em relação
às mulheres. Para isso, propõe-se: compreender a violência de gênero como fenômeno
histórico e patriarcal; analisar a ética da alteridade em Lévinas e suas implicações para
o combate à violência; e elaborar práticas pedagógicas que fomentem a alteridade e o
respeito no contexto do ensino médio.
