Ensino de Filosofia para Estudantes
com Necessidades Especiais na Comunidade Escolar: Liberdade e Autonomia a partir de
Jean-Paul Sartre
Nome: FRANKLYNY LOPES
Data de publicação: 21/03/2023
Banca:
Nome | Papel |
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ANTÔNIO DONIZETTI SGARBI | Examinador Externo |
GILMAR FRANCISCO BONAMIGO | Presidente |
MARCELO MARTINS BARREIRA | Examinador Interno |
Resumo: O presente trabalho concentrou-se no problema do Ensino de Filosofia para estudantes com necessidades especiais. O que se apresenta mais fortemente quando esse estudante e seus colegas, que se encontram juntos no processo de inclusão
escolar, não têm consciência clara de sua liberdade e não usufruem de autonomia. Por isso o objetivo central é movimentar a consciência desses estudantes, voltando-a para o processo de inclusão que faz parte da vida deles(as) e tem como objetivo fazer
o educando(a) aparecer e ser, todo o tempo, livres e autônomos, principalmente na sua comunidade escolar. A metodologia usada é um movimento dialético que requer atenção ao projeto humano, tanto quanto vigília e cuidados constantes com as
relações que envolvem esse projeto, como: homem e natureza e homens entre si, bem como as condições ofertadas à prática dessas relações (Sartre, 1957. Questão de Mátodo). Nesse ponto, é preciso seguir gradativos passos: primeiro, sob a luz de Sartre, realizar descrição objetiva e pessoal sobre quem é ele (estudante) na sua comunidade escolar, quem são os atores dessa comunidade, e sua ideia de liberdade e autonomia. Para investigar e aprofundar essa questão dentro do ambiente escolar, num segundo momento, é salutar olhar, ouvir e relatar sobre as raízes de si mesmo e do seu entorno, a partir de visitas aos setores da escola, presenças diárias na realidade desses estudantes; agora também sob a luz de Freire. Esse movimento de observância e relato, proposto pela nossa pesquisa, terá como fundamento as aulas de Filosofia nas primeiras séries do Ensino Médio Regular no turno matutino da escola Padre Humberto Piacente, especialmente aqueles com necessidades especiais em atividades adaptadas. Num terceiro momento, estimular a utilização de um Diário Filosófico, reflexivo e crítico, como produção descritiva da vivência nas aulas de
Filosofia, exposições, dinâmicas e exibição de animações produzidas por mim, professora Franklyny, inspiradas na obra Diário de uma Guerra Estranha (Sartre, 1939-1940). No quarto e último momento, um mural deve ser montado com trechos anônimos desses diários, que tragam escritos, ilustrações e colagens. Com critérios colaborativos, o resultado esperado é que, em uma caminhada dialética, todos desvelem-se para si e para o mundo, assim prosseguindo mais ciente de suas possibilidades de liberdade e autonomia.