A filosofia rortyana do religioso

Resumo: A pesquisa se propõe a compreender os elementos-chaves de uma filosofia neopragmática do religioso conforme o pensamento de Richard Rorty. A conversação sobre o que existe se abre a um conjunto de possibilidades mais amplo do que o estreitamento da concepção kantiana quanto à exclusividade do tipo físico de existência. A existência de algo, material ou infinito, depende da política cultural. A despeito de reconhecer o conforto dado pelo campo religioso ante o desespero, as instituições religiosas seriam intrinsecamente perigosas cultural e politicamente. Mais do que uma existência factual, caberia priorizar a cooperação social na esfera pública. Nesse caso, o campo religioso, colocado alheio ao epistemológico, estaria vinculado à reclusão da vida privada, tornando-se salutar para a vida democrática. Especialmente desse modo crentes e não crentes deveriam ter uma política de viver e deixar viver. Temos, então, um tipo rortyano de esperança sagrada para nosso autor: uma civilização global marcada pelo amor, a única lei segundo São Paulo. O objetivo geral desse trabalho, que se vincula à subárea denominada “Filosofia da Religião”, consiste em abordar o religioso sob um ponto de vista neopragmático, enfocando seu papel político em contexto de pluralidade cultural. Tendo como eixo conceitual a perspectiva rortyana, o tratamento da bibliografia se abrirá à novas relações conceituais acerca do fenômeno religioso na modernidade tardia, tanto em sua dimensão político-cultural quanto em sua relação interdisciplinar com outros saberes.

Data de início: 2012-08-01
Prazo (meses): 12

Participantes:

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Coordenador Marcelo Martins Barreira
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