Revolução Francesa e Esclarecimento entre Foucault e Fichte

Resumo: Partindo da referência que Foucault faz a Fichte e à Revolução Francesa, na palestra ministrada em Berkeley em 12 de abril de 1983, minha pesquisa se propõe a:
1) estudar as razões e as implicações da emergência da questão da “Revolução Francesa” em Foucault no final dos anos 70. Trata-se de vincular sua experiência de espectador no Irã com seu retorno a Kant no começo dos anos 80, quando ele relaciona a célebre definição do Iluminismo, que Kant publicou em 1784 na Berlinische Monatsschrift, com a maneira de tratar a Revolução Francesa no Conflito das Faculdades.
2) analisar o modo como Fichte pensou a sua atualidade a partir da Revolução Francesa. Nesse sentido, nossa analise pretende destacar, por um lado, a recepção que Fichte propõe do lema do Iluminismo definido por Kant, qual seja, o Sapere Aude, para colocá-la no centro de sua prática teórica e, por outro lado, considerando os estudos especializados, a maneira em que o conceito moderno de revolução, construído a posteriori, influenciou e segue influenciando o juízo dos comentadores sobre a evolução do pensamento do filósofo.
Assim, minha tarefa se constituiu a partir de um duplo questionamento:
1) sobre a maneira pela qual a revolução se construiu como “mito fundador” para as sociedades ocidentais e tornou-se o critério para julgar as revoluções posteriores a 1789.
2) sobre a maneira em que esse mito pode operar tanto na avaliação dos eventos presentes (Foucault e Irã tornar-se-iam, assim, a possível matriz das “primaveras árabes”), quanto passados (Revolução russa, Revolução cubana etc.).

Data de início: 2021-05-01
Prazo (meses): 36

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador Marco Rampazzo Bazzan
Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910