Habermas e a religião na esfera pública: fundamentos para o convívio de cidadãos seculares e religiosos no Estado democrático.
Nome: Ricardo Miranda de Castro David
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/04/2016
Orientador:
Nome | Papel |
---|---|
José Pedro Luchi | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
José Pedro Luchi | Orientador |
Luiz Bernardo Leite Araújo | Examinador Externo |
Marcelo Martins Barreira | Examinador Interno |
Resumo: Trata-se de um estudo de um aspecto do pensamento do filósofo alemão Jürgen Habermas referente ao papel da religião na esfera pública, buscando fundamentos para o convívio de cidadãos seculares e religiosos no Estado democrático. Constitui-se de uma pesquisa na qual serão analisadas as principais obras do referido filósofo que abordam os temas da religião, esfera pública, solidariedade, tolerância e sociedade pós-secular. Nosso estudo está voltado para a percepção atual do filósofo alemão acerca da religião. A esfera pública é concebida por Habermas como o espaço social no qual os cidadãos podem apresentar argumentos para um debate público visando o bem comum. Nesse espaço, a religião possui uma força argumentativa capaz de proporcionar influências na formação de opinião e da vontade política dos cidadãos. A ressalva existe quando se trata de decisões emanadas por instituições estatais que deverão ser formuladas em uma linguagem secular, capaz de ser justificada publicamente. Nesse caso, haverá a necessidade de uma tradução da linguagem religiosa para uma linguagem secular acessível a todos. Para que o diálogo na esfera pública possa fluir de forma aprazível entre crentes e não-crentes, nosso pensador entende necessária a adoção da postura pós-secular. Habermas busca um caminho viável através da tolerância religiosa e da igualdade de direitos entre cidadãos crentes e não-crentes para uma participação harmônica dentro da esfera pública em uma democracia.