AS DUAS FACES DA MORTE: DA IMPESSOALIDADE DECADENTE À DECISÃO ANTECIPADORA. UMA REFLEXÃO A PARTIR DO PENSAMENTO DE MARTIN HEIDEGGER.
Nome: Igor Awad Barcellos
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/09/2014
Orientador:
Nome | Papel |
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Jorge Augusto da Silva Santos | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Jairo Ferrandin | Examinador Externo |
Jorge Augusto da Silva Santos | Orientador |
Ricardo Luiz Silveira da Costa | Examinador Interno |
Resumo: Martin Heidegger, considerado um dos maiores filósofos da contemporaneidade, tem como a questão fundamental de seu pensamento a pergunta pelo Ser. Essa temática perpassa todo sua obra, desde seu primeiro livro, Ser e tempo, publicada originalmente em 1927 até a derradeira fase de seu pensamento. A partir da ontologia fundamental, isto é, a pergunta pelo sentido do ser em geral, Heidegger se lança a pensar diversos fenômenos, dentre os quais a morte. Esta aparece de forma mais decisiva em sua obra de estreia e se situa no percurso de seu pensamento no momento em que Heidegger se encontra na necessidade de pensar o ser do Dasein como um todo, ou seja, do início ao fim. Como o fim do Dasein é a morte, então digna se faz tal temática a ser abordada pelo pensador. Como, então se deve pensar a morte? Heidegger oferece em Ser e tempo o caminho: da impropriedade à propriedade. Nesse sentido, começamos nossa investigação: demonstramos as limitações da compreensão imprópria sobre a morte assim como investigamos o que é a impropriedade do Dasein; posteriormente, consideramos a morte em sentido próprio, o que em outras palavras diz ser-para-a-morte, apresentando conceitos fundamentais da filosofia de Heidegger como angústia, compreensão, disposição, discurso, até desembocarmos no fenômeno da de-cisão antecipadora. Esta é a abertura privilegiada do Dasein na qual este ente assume a própria morte e se desentranha em sua totalidade.