A Metafísica Platônica como Estética Inteligível: considerações sobre imagem e visão nos Livros VI e VII da República

Nome: WERIQUISON SIMER CURBANI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 26/07/2013

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CARLA COSTA PINTO FRANCALANCI Orientador
IZABELA AQUINO BOCAYUVA Examinador Externo
THANA MARA DE SOUZA Examinador Interno

Resumo: O estudo consiste, primeiramente, em investigar o quanto a estética se coloca como elemento significativo para a composição do diálogo República, perpassando a obra do início ao fim e, por assim dizer, emoldurando-a em beleza. São inúmeras as passagens que fazem menção aos poetas arcaicos, a reverência à música como arte das Musas, o apreço pela harmonia, pelo ritmo, pela simetria, enfim, há na República um cuidado estético em sua arquitetura. Havendo constatado, então, que o belo ocupa um lugar considerável dentro do diálogo, buscamos valorizá-lo e evidenciá-lo a partir do artístico, propriamente dito, para trilharmos um caminho que nos conduzisse, cada vez mais, a encarar o belo como algo que não se restringisse ao sensível, uma vez que, em se tratando de Platão, a beleza mais esplendorosa reside no inteligível. Neste sentido, propomos tomar a metafísica platônica das ideias como estética inteligível, objetivando apontar para o belo suprassensível possível de ser contemplado pelo intelecto filosófico. Isso porque, as ideias são formas inteligíveis, que se fazem mostráveis em sua perfeição ao intelecto. A ideia é essência, a unidade singular da qual os objetos sensíveis imitam e recebem seu ser. Em outras palavras, a ideia é o aspecto que se apresenta ao intelecto do filósofo. E junto a essa investida de tomar a metafísica platônica como estética inteligível, fazemos algumas considerações sobre imagem e visão, tais considerações seguem na direção de tomar a imagem como metáfora, como linguagem figurada utilizada como recurso para dar encaminhamento às almas até o inteligível e, visão, quer dizer visão intelectiva, visão filosófica. Por fim, veremos, a atividade do filósofo consistirá em um ver a bela paisagem das ideias no inteligível.

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