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A RELAÇÃO ENTRE TEMPO E NARRATIVA
NO PENSAMENTO DE PAUL RICOEUR:
A leitura do Livro XI das Confissões de Agostinho

Nome: JULIANA DAS NEVES CORREA MARQUES

Data de publicação: 28/03/2025

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
JORGE AUGUSTO DA SILVA SANTOS Presidente
MARCELO MARTINS BARREIRA Examinador Interno
NOELI DUTRA ROSSATTO Examinador Externo

Resumo: Este trabalho investiga a leitura de Paul Ricoeur sobre o Livro XI das Confissões de Santo
Agostinho, conforme desenvolvido em Tempo e Narrativa. O objetivo principal é identificar
elementos na obra agostiniana que sustentam a tese de Ricoeur de que o tempo se torna humano
à medida que é estruturado narrativamente. Para nortear nossa investigação ao longo da
pesquisa, formulamos algumas questões centrais e gerais que buscamos responder no decorrer
desta investigação, a saber: de que maneira Agostinho tenta solucionar o enigma do tempo?
Quais elementos Ricoeur encontra no Livro XI que sustentam sua tese de que a solução para os
paradoxos do tempo é a narrativa? Ricoeur ignora a relação entre tempo e eternidade em sua
interpretação do Livro XI das Confissões de Agostinho? Para responder a estas questões, é
necessário reconstruir a meditação de Agostinho contida no Livro XI das Confissões, à luz da
leitura de Ricoeur apresentada na sua obra Tempo e Narrativa. Agostinho sugere uma
concepção subjetiva de tempo, vivida internamente na alma como distensão (distentio animi).
Para chegar a essa conclusão, Agostinho reflete sobre a relação entre tempo e eternidade, além
dos paradoxos ontológicos do ser e do não-ser do tempo, e da medição do tempo. Ele contrapõe
o argumento cético, que nega a existência do tempo, à linguagem cotidiana, que, de forma
inexplicável, sugere que o tempo realmente possui ser. Parece que, Ricoeur, ao examinar a
meditação de Agostinho sobre o tempo, percebe que o filósofo cristão, ao tentar explicar o
tempo, recorre necessariamente à narrativa, embora sem se dar conta disso. Assim, Ricoeur
argumenta que o tempo só se torna humano quando é narrado. Para ele, o tempo adquire
significado e dimensão na narrativa, tornando-se incompreensível de outra forma: o tempo
existe porque o narramos.
Palavras-chave: Tempo; Narrativa; Eternidade; Agostinho; Ricoeur.

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