A REPETIÇÃO COMO REGENERAÇÃO E AUTOSSUPERAÇÃO: O tornarse si-mesmo em Kierkegaard e Nietzsche.
Nome: CLAUDINEI REIS PEREIRA
Data de publicação: 29/04/2024
Banca:
Nome | Papel |
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ADILSON FELICIO FEILER | Examinador Externo |
JELSON ROBERTO DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
JORGE LUIZ VIESENTEINER | Presidente |
LUIZIR DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
MARCIO GIMENES DE PAULA | Examinador Externo |
Resumo: A presente tese tem como principal objetivo discutir o conceito de repetição e a doutrina do eterno retorno do mesmo, a partir da análise filosófica de Kierkegaard e Nietzsche, a fim de compreender a constituição da subjetividade. Dessa forma, a questão filosófica premente é entender Kierkegaard e Nietzsche a partir de uma perspectiva antropológico-psicológica da repetição, enquanto retomada e afirmação da vida, ou seja, a repetição como regeneração e autossuperação. Desse modo, a presente investigação se fundamenta em dois textos fundamentais: a obra A repetição: um ensaio de psicologia experimental em paralelo com a obra Temor e tremor, de Kierkegaard; e, posteriormente, uma breve análise do Aforismo 341de A Gaia Ciência; e, por fim, a obra Assim falou Zaratustra, terceira parte, de Nietzsche. A repetição é inicialmente caracterizada pelos personagens da repetição: Jó, Abraão e a figura profética de Zaratustra, o mestre e anunciador da doutrina do eterno retorno do mesmo. Dessa maneira, é possível notar que, apesar das diferenças apresentadas, elas não impedem a compreensão antropológica da repetição. Em outras palavras, é possível notar a capacidade regenerativa e antropológica do indivíduo singular em sua existência. A conclusão a que se
chega é que Kierkegaard e Nietzsche exploram de forma aprofundada uma revalorização da subjetividade em relação à categoria da repetição e à doutrina do eterno retorno do mesmo, como uma regeneração e autossuperação temporal da existência.