O conflito entre determinismo e liberdade a partir do problema da consciência no pensamento de Nietzsche: do naturalismo ao expressivismo
Nome: WILSON LUCIANO ONOFRI
Data de publicação: 30/04/2024
Banca:
Nome | Papel |
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ANTÔNIO EDMILSON PASCHOAL | Examinador Externo |
CLADEMIR LUÍS ARALDI | Examinador Externo |
JORGE LUIZ VIESENTEINER | Presidente |
WANDER ANDRADE DE PAULA | Examinador Interno |
WILLIAM MATTIOLI | Examinador Externo |
Resumo: A tese defendida aqui é a possibilidade de compatibilizar liberdade e
determinismo no problema da consciência a partir de uma concepção
expressivista de agente moral, na filosofia de Nietzsche. Como agente
moral expressivista, entende-se aqui que o agente moral não é uma
entidade previamente dada que precisa ser descoberta para conduzir a
ação e a sua avaliação, mas antes de tudo, a localização onde acontece
processos de transformação, constituído no espaço de tensão entre o plano
individual e o supraindivividual onde o agente moral é constituído na
própria dinâmica social. Assim, o agente moral expressivista não estaria
por trás da ação como uma entidade causal ou intencional, mas se
manifestaria na ação como totalidade, no processo de realização mesma
da ação. Para tanto, foi reconstruído o desenvolvimento do pensamento de
Nietzsche sobre o tema a partir da tensão entre naturalismo e filosofia
transcendental, desde as primeiras reflexões de juventude até a
maturidade, identificando no expressivismo uma solução para o problema.
Ademais, foi necessário identificar a noção de liberdade almejada por
Nietzsche na ideia de autoconsciência de si, e não apenas vinculada à
mera ideia de consciência, e com isso relacionar o problema
contemporâneo de filosofia da mente com o programa de autocriação
nietzschiano.