O bando soberano, o abandono e a fome: uma análise a partir de Giorgio Agamben
Nome: SABRINA AUGUSTO NICOLI
Data de publicação: 27/11/2023
Banca:
Nome | Papel |
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CASTOR MARI MARTIN BARTOLOME RUIZ | Examinador Externo |
DANIEL ARRUDA NASCIMENTO | Presidente |
MARCO RAMPAZZO BAZZAN | Examinador Interno |
Resumo: Com base nas concepções do filósofo Giorgio Agamben, sobretudo no primeiro Homo Sacer do projeto filosófico, Il potere sovrano e la nuda vita, busca-se, neste texto, compreender abandono a partir da decisão soberana. O decisionismo de Schmitt foi desenvolvido em pleno ativismo político do filósofo no nazismo, regime que produziu o muçulmano, a verdadeira testemunha. Neste texto será feito um estudo pormenorizado do muçulmano, bem como a relação deste com o homo sacer do Direito Romano e do wargus, advindo dos francos sálios pela Lei Sálica, estas análises serão base para expor alguns fenômenos do abandono. Judith Butler traz uma crítica à vida nua que se universaliza, terminando por compreender que é na vida precária que o verdadeiro abandono ocorre. O bando soberano abre o campo e outro poder surge sob a vida precária, também submetendo-a. Uma das características do poder soberano é buscar regular aspectos da sociedade como a vida, a morte, o poder de compra, e também a fome. A fome será estudada em consideração às teses de Ramón Turró, mas como vontade de profanação, no que põe limites do poder soberano sobre a vida.