A RELAÇÃO ENTRE LINGUAGEM E ONTOLOGIA NO CRÁTILO DE PLATÃO
Nome: JOEDSON SILVA DOS SANTOS
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/08/2019
Banca:
Nome | Papel |
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BARBARA BOTTER | Orientador |
CHRISTIANI MENEZES E SILVA | Examinador Externo |
JOSÉ PEDRO LUCHI | Suplente Interno |
JOSÉ RENATO SALATIEL | Examinador Interno |
Resumo: Este projeto está tematicamente circunscrito à análise da relação entre linguagem e ontologia a partir do diálogo platônico: Crátilo. Neste diálogo, a relação entre linguagem e ontologia implica uma epistemologia, e a articulação entre linguagem e epistemologia pressupõe uma realidade estável e objetiva. Tanto Platão como alguns pré-socráticos e sofistas inauguraram uma série de reflexões em torno da antinomia physis/nomoi, com base nas duas vias opostas em voga na época: naturalismo e convencionalismo. Partindo do debate entre Sócrates e seus interlocutores, Hermógenes e Crátilo, surge um problema, a saber, a justeza, correção ou exatidão do nome (orthotes onomaton) em relação à coisa (onta). Para Hermógenes essa relação é convencional, ou seja, não há correspondência natural entre o nome e a coisa, nesse sentido, a linguagem está separada da realidade. Já para Crátilo é natural, pois o nome e a coisa estão ligados de tal maneira que dizer algo é dizer a coisa, de modo que o ser e a linguagem são inseparáveis. Entre o extremo das duas teses encontra-se a posição de Platão de manter um equilíbrio entre linguagem e realidade, por meio da separação da linguagem com a realidade sem perder a relação direta com ela. Para os fins da dissertação, examinaremos como a relação entre linguagem e ontologia implica na epistemologia de Sócrates, como também, a refutação epistêmica cratiliana promovida por ele.
Palavras-chave: Ontologia. Linguagem. Epistemologia. Nome. Coisa.