NATUREZA HUMANA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A LIBERDADE E IMPUTAÇÃO EM IMMANUEL KANT
Nome: Bruno Rodrigues Correia
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/03/2022
Orientador:
Nome | Papel |
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Jorge Luiz Viesenteiner | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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Ricardo Corrêa de Araujo | Suplente Interno |
Jorge Luiz Viesenteiner | Orientador |
José Renato Salatiel | Examinador Interno |
Jorge Vanderlei Costa da Conceição | Examinador Externo |
Resumo: Conciliar condições determinadas pela natureza com a liberdade se estabeleceu como
um dos grandes clássicos problemas da filosofia. Neste horizonte, a presente
pesquisa se propõe a explorar o modo que Immanuel Kant articula os conceitos de
natureza humana e liberdade dentro do seu sistema ético, discutindo relações entre
ética e antropologia, considerando a necessidade de uma aproximação. Serão
discutidos os critérios que o filósofo alemão utiliza para classificar alguém como bom
ou mau, enfatizando a liberdade e a responsabilidade presente em cada ação em
particular, mesmo a pior, possíveis graças a atuação de uma consciência moral. Para
tanto, será discutido o conceito de mal radical, sobretudo o modo com que se articula
com a tese da reciprocidade, tal como sistematizou Allison, além dos três graus de
disposição para o bem e de propensão para o mal, com foco especial nestes três
últimos. No primeiro grau, será argumentado que existe coerência em pensar a tese
da incorporação de Allison com o problema da fraqueza moral, considerando uma
incorporação de uma máxima má. No segundo, a impureza, se buscará pensar na
suposta contradição que há no sistema de Kant, quando ora se argumenta em favor
de sentimentos simpáticos, ora se rejeita veementemente, além das complicações
impostas pela limitação epistemológica sobre a moral, que cerra o valor de uma ação
como inescrutável. Quanto a malignidade o terceiro grau será discutido o limite do
mal, tendo em vista o argumento de Kant de que ninguém deseja o mal pelo mal.