A ideia do Belo na primeira parte dos Cursos de Estetica de hegel

Resumo: Nos “Cursos de estética” de Hegel, o âmbito da Arte é claramente distinto do âmbito da religião e ambos, juntamente com a Filosofia, compõem os três degraus do Espírito absoluto. A delimitação hegeliana do Belo recebe influência kantiana, sobretudo do conceito de “adequação a fins sem finalidade”, chegando-se ao conceito de ‘teleologia interna” da obra de arte. Superando intelectualistas e sensualistas Kant havia caracterizado o agrado artístico como desinteressado e sem conceito. Porém Hegel valoriza também o conteúdo da obra de arte e não apenas a experiência estética, a arte sendo vista como “Aparecer sensível da Ideia”, que aqui, à diferença da religião e da Filosofia, é sensivelmente exposta e não representada ou explicada em conceitos. Embora tanto a obra da natureza como a obra de arte seja dotada de certa racionalidade, somente a última pode se despojar de tudo aquilo que seria ocasional para encarnar sensivelmente o espírito em toda sua superfície. Aqui Hegel se distancia também dos românticos. Da leitura do texto hegeliano e de alguns importantes comentadores e críticos, devem emergir núcleos de questões teóricas que nos colocam no coração do debate sobre a relevância da arte, religião e filosofia para a cultura contemporânea.

Data de início: 2014-08-04
Prazo (meses): 12

Participantes:

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Coordenador José Pedro Luchi
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