Sobre a Atividade da Consciência Infeliz na Fenomenologia do Espírito de Hegel

Nome: Aline Eduardo Machado
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/12/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Edebrande Cavalieri Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Aloisio Krohling Examinador Externo
Edebrande Cavalieri Orientador
José Pedro Luchi Examinador Interno

Resumo: Realizamos uma análise da atividade da Consciência Infeliz (unglückliche Bewusstsein), tal como foi exposta por G.W.F. Hegel em sua obra Fenomenologia do Espírito (Phänomenologie des Geistes), de 1807. A Consciência Infeliz é uma denominação hegeliana referente a uma consciência religiosa que se cinde em duas; um destes seus lados, ela aliena de si e tem por sua essência que reside no além, o Imutável; ao outro lado, ela mesma, assevera como o Mutável, inessente, residente no aquém. Toda a sua atividade resume-se a unir isto que ela põe como o infinitamente desunido, a saber, ela e sua essência, pois a consciência ainda não é ciente de que esta essência absoluta que ela opôs a si mesma nada mais é do que ela mesma. Isto resulta num tender singular para seu objeto Universal absoluto e ao mesmo tempo não querer maculá-lo com esta sua singularidade; numa atividade que deve absolutamente ser e não-ser, busca de algo que não pode nem deve ser buscado. Enquanto herdeira do pensamento estóico e cético, a Consciência Infeliz aparece como consciência contraditória, curvada sobre si mesma e sempre dolorida, que além de efetivar um movimento de negação para com o mundo do aquém e tudo o que lhe diz respeito, busca se libertar da dor que é ser portadora desta contraditoriedade que surge justamente daquela sua atitude negativa. A fim de que possamos fundamentar esta atitude Infeliz, realizamos em nosso primeiro capítulo uma investigação acerca de suas características peculiares nas esferas anteriores ao seu aparecimento, a saber, a esfera do Entendimento (Verstand), a dialética do Senhor e do Escravo e do Estoicismo e Ceticismo. No segundo capítulo, discorremos acerca do conceito e da atividade da Consciência Infeliz, bem como procuramos investigar a necessidade de sua superação a partir de uma análise de sua suprassunção no momento da Razão (Vernunft¬). Por fim, em nosso terceiro e último capítulo, procuramos refletir sobre em que medida se poderia afirmar que as consciências contemporâneas continuam agindo de maneira infeliz, e para tanto, nos apoiamos em breves leituras de S. Freud, pensador do mal-estar moderno e Z. Bauman, pensador do mal-estar contemporâneo.

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